A Prefeitura de Aracaju, por intermédio do “Programa de Requalificação Urbana – Construindo para o Futuro”, promoveu nesta quarta-feira, 26, mais um curso profissionalizante voltado para manipulação de alimentos.
A atividade foi desenvolvida na Unidade de Qualificação Profissioanal da Fundação Municipal de Formação Para o Trabalho (Fundat) no bairro 17 de Março, zona Sul da capital, e contou com a participação de moradores da região, principalmente aqueles que já trabalham com a comercialização de alimentos.
A atividade, no âmbito do Programa de Requalificação Urbana, faz parte do conjunto de ações, de cunho ambiental, cultural e social, que estão sendo promovidas com interveniência das secretarias municipais do Planejamento, do Meio Ambiente, da Educação e da Assistência Social.
Esse trabalho é uma contrapartida da Prefeitura às obras de urbanização e infraestrutura que estão acontecendo nos bairros 17 de Março e Santa Maria, além de outras áreas da cidade, possibilitadas por meio de financiamento de mais de R$400 milhões, conquistado pelo Município, em 2019, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A assistente social do Programa de Requalificação Urbana, Ana Flávia Oliveira, lembra que o curso é uma atividade extra do projeto e que os aprendizados colhidos pelos participantes serão colocados em prática durante o Festival de Delícias, Artes e Cultura, que será realizado nesta sexta-feira, dia 28, na Praça 7 do bairro 17 de Março, a partir das 15h.
“No projeto, tínhamos dois festivais para realizar, o de Delícias e o de Artes e Cultura. Resolvemos unir os dois festivais para atrair um maior público, uma vez que teremos apresentações teatrais, de música e também a feirinha, com produtos comercializados pelas pessoas que estão participando hoje da oficina de manipulação de alimentos”, explica a assistente social.
Flávia destaca que oficina foi pensada para possibilitar aos alunos que comercializam em espaço público noções básicas de manipulação de alimentos. “O público participante é formado por microempreendedores e a maioria vende seus produtos em suas próprias casas. Alguns, inclusive, ainda não têm MEI [cadastro de Microempreendedor Individual]. Nesse sentido, a gente está estimulando para que eles oficializem o comércio deles, seja com Instagram, para dar uma maior visibilidade”, destaca Ana Flávia.
O curso, com duração de quatro horas, contou com a participação de 20 alunos, supervisionados pelo nutricionista Claudino Augusto Dantas Leandro Junior, profissional cedido pelo Centro de Integração Raio de Sol (Ciras), instituição parceira do programa.
“O curso de hoje está voltado para a manipulação de alimentos. Os alunos presentes, muitos deles, trabalham manipulando alimentos e precisam estar atualizando seus conhecimentos sobre essas boas práticas, para que os alimentos sejam manipulados de forma segura, evitando contaminações. A gente acaba trazendo costumes de casa para os estabelecimentos comerciais, costumes ruins que são condenados pela Vigilância Sanitária e o objetivo é eliminar esses costumes, possibilitando uma mão de obra mais qualificada”, explica o nutricionista.
Participantes
Quitéria Oliveira de Almeida, de 33 anos, artesã por vocação, participou do curso de manipulação de alimentos para aprender mais. “No festival, eu vou apresentar artesanato, mas é sempre bom aprender algo mais. Já tenho alguns cursos e esse é mais um que vou guardar com carinho. Quem sabe eu possa me interessar pela área. É importante estar atualizada”, conta.
Também aluna, Valmira Santos, 51, já trabalha comercializando alimentos. Para ela, o curso é mais um mecanismo de profissionalização. “É mais um curso que faço pelo projeto. Acho muito importante, porque a gente começa a ter mais prática profissional com relação ao manejo dos alimentos. Estou adorando e vou recomendar. No festival, vou vender bolos, sopa, mungunzá, arroz-doce e brigadeiro. Estou bastante ansiosa”, disse.
Ao final do curso, os alunos foram certificados e ganharam cartões de visita personalizados. “Isso visa estimular o processo de divulgação do trabalho deles. A maioria deles é cozinheiro e, muito embora vendam seus produtos em casa, nada impede que eles possam vender a sua força de trabalho”, conclui Ana Flávia.
Programação do festival
O Festival contará com Espetáculos de Dança e de Teatro do Programa de Requalificação Urbana da Região Oeste de Aracaju, além das feiras de artesanato e de alimentos, bem como as presenças de estandes institucionais.
Confira a programação completa
15h – Abertura (Mestre de cerimônia e cortejo)
Cortejo com Lateiros – Tomtoy
Cortejo com Centro de Prática e Pesquisa Estrela d´Angola
Cerimonial: ASCOM
Mestre de cerimonias: Iva Mayara
PTS: Renata Gois
Prefeitura: Bárbara Ferreira, Jarina, Thaísa e Kamila
15h30 – Espetáculo de Dança do Programa de Requalificação Urbana da Região Oeste de Aracaju
15h50 – Apresentação de Hip-Hop com Kaah_da_maldade
16h00 – Apresentação musical com usuários do CAPS David Capistrano Filho
16h20 – Espetáculo de Ballet Éh Nóis: Periferia em Foco do Instituto Rahamin
16h35 – Apresentação de mix de estilos musicais com Leonardo Chrislopes
16h45 – Exibição do Canil da Guarda Municipal de Aracaju
17h15 – Apresentação de MPB com Raul Bittencourt
17h30 – Apresentação Orquestra de Berimbau
18h00 – Apresentação da cantora gospel Thays Helena
18h40 – Espetáculo teatral: Costume de casa a gente leva para o circo do Programa de Requalificação Urbana da Região Oeste de Aracaju