Zelar pelos espaços públicos é dever de todo cidadão. Neste sentido, a Prefeitura de Aracaju, por meio do Projeto de Trabalho Social (PTS) dos Equipamentos Públicos, acompanhado e monitorado pela Coordenação da Área Social (UCP) da Secretaria Municipal da Assistência Social, promoveu, na tarde desta quinta-feira, 18, a “Oficina de Educação Patrimonial” com moradores dos bairros Santa Maria e 17 de Março.
A atividade, realizada na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), situada no 17 de Março, integra o “Programa de Requalificação Urbana – Construindo para o Futuro”, amplo pacote de investimentos em infraestrutura na capital sergipana com recursos do financiamento de mais de R$ 400 milhões, conquistados pelo Município, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
De acordo com a assistente social do PTS, Tereza Cristina Santana, a atividade corresponde ao eixo de educação ambiental e patrimonial e cumpre o cronograma de ações socioeducativas planejadas.
“O público prioritário são crianças, mas, desta vez, nosso objetivo foi atingir um público adulto para propagar as informações sobre a preservação do patrimônio público e ambiental. Orientamos de uma forma leve, sobre quais são os seus direitos, seus deveres, o conceito de patrimônio público para levar esse conhecimento necessário e para que eles nos auxiliem nesse processo do exercício do controle social”, explica Tereza.
É hora de cuidar
Com a peça teatral “É hora de cuidar”, os “Anjos Azuis”, Programa desenvolvido pela Guarda Municipal de Aracaju (GMA), órgão vinculado à Secretaria da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), tratou sobre a preservação do patrimônio público com apresentação de fantoches e atividades recreativas como o quiz “Aprenda ou Ganhe”, no qual os guardas municipais fizeram perguntas aos competidores referentes à peça, e jogos educativos digitais feitos em computadores no qual os personagens percorrem a cidade identificando alguns tipos de depredações, levando o cidadão a fazer a denúncia de forma correta.
A guarda municipal Aracelly Matos deu vida à personagem Sophia, uma criança esperta e observadora que cumpre seu papel de cidadã, respeitando a cidade e o próximo.
“Nos deparamos com diversos públicos, desde crianças até idosos e adaptamos nossa linguagem, as músicas, o lúdico, para que a mensagem seja levada de forma leve. Nunca é tarde para aprender sobre formação cidadã. Como vários equipamentos estão sendo entregues às comunidades, reforçamos a importância do pertencimento da população para sempre cuidarem dos nossos espaços”, reforça Aracely.
Conservação socioambiental
Segundo a engenheira florestal e coordenadora ambiental da UCP da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), Heloísa Thaís de Souza, essa é mais uma oficina socioambiental na qual são feitas diferentes atividades sobre educação ambiental, oficina de compostagem, oficina de fabricação de brinquedos com materiais recicláveis, dedoches, dentre outros.
“Nosso objetivo é sensibilizar a comunidade sobre o cuidado com os equipamentos sociais e o meio ambiente para fortalecer a relação de pertencimento. Entendemos que quando os moradores estão inseridos no processo, eles se sentem protagonistas da ação, conseguem conservar e perceber a importância dos espaços públicos para todos. A intenção é fazer com que cada um que está presente possa se sentir um agente multiplicador do conhecimento sobre a conservação socioambiental”, destaca Heloísa.
Aprendizado
O estudante Rodrigo Batista, morador do 17 de Março, aprovou a iniciativa. Durante a oficina, ele aprendeu que existem três tipos de patrimônios que devem ser preservados.
“Achei muito interessante a dinâmica dos Anjos Azuis porque eles ensinam a preservar o patrimônio público e trazer conhecimentos gerais a uma população que, em parte, é leiga. Achei colaborativa a iniciativa do poder público municipal. Aprendi que existem os patrimônios natural, cultural e público. É crime destruí-los e a Guarda Municipal está atenta para atenuar a criminalidade contra os patrimônios”, observa Rodrigo.
A autônoma Tamiles Reis, moradora do 17 de Março, presencia cenas de depredação das praças próximas à sua residência e reprova essa atitude. Para ela, a iniciativa é necessária.
“Adorei porque moro aqui e às vezes vejo pessoas bagunçarem as praças, fico sem saber o que fazer, se posso intervir de alguma forma, e descobri hoje que posso. Sempre falo para as crianças, especialmente, para não destruírem os patrimônios porque são nossos. Temos que zelar, porque se não cuidarmos, ficamos sem. O bairro tem precisa ter essa consciência”, afirma Tamiles.