Mesmo em meio às incertezas provocadas pela pandemia da covid-19, a Prefeitura de Aracaju, calçada em planejamento estratégico, não mede esforços para se fazer presente em toda a cidade por meio de obras que possibilitem mais qualidade de vida para a população.
Atualmente, a gestão municipal, por intermédio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), está construindo quatro praças públicas no 17 de Março, zona Sul da capital. Juntas, as intervenções de infraestrutura social e urbana somam mais de R$2,9 milhões, financiadas pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), e integram o “Programa de Requalificação Urbana – Construindo para o Futuro”, a partir do qual a Prefeitura está investindo mais de R$400 milhões em obras.
E as melhorias no 17 de Março não param por aí: no Programa de Requalificação Urbana ainda serão construídas outras seis praças, totalizando dez. A Emurb já está trabalhando no processo licitatório e ainda este ano as obras serão iniciadas.
“Estamos executando obras em quatro praças, por meio de financiamento do BID. A função delas é dar uma maior inter-relação com a comunidade, tanto que o BID nos colocou em contato com a Fundação Van Leer, de origem holandesa, que tem todo um projeto voltado para as crianças. Estamos tentando formar a ambiência dessas praças, não só para a comunidade como espaço de lazer. Também estamos com projetos em mais outras seis para serem licitadas”, disse o secretário da Infraestrutura e presidente da Emurb, Sérgio Ferrari.
Boas expectativas
A dona de casa Eliene Sizimba Ferreira, de 63 anos, mora na rua 20 do bairro 17 de Março. Ela, assim como tantos outros moradores da comunidade, afirma ter boas expectativas com relação às novas praças.
“Quando estiver pronta, o bairro vai ficar ainda mais bonitinho. É mais uma opção de lazer para as pessoas, para a gente sentar e bater papo com as amigas, além de as crianças brincarem. As praças são sempre bem-vindas”, diz.
Valdemir Freitas da Silva, 26, mora na rua 17, praticamente do lado de uma das praças. Pai de dois filhos, ele já vislumbra seus filhos brincando numa praça moderna, antes recinto de descarte irregular de lixo.
“Fui um dos primeiros a morar aqui. Estou achando muito legal, até para as nossas crianças, eu mesmo já tenho dois filhos. A gente estava cobrando muito da Prefeitura e hoje estamos vendo o resultado. É muito gratificante ver isso. Essa área aí só tinha lixo, o povo todo só jogava lixo. Quando começaram a fazer a praça, eu disse: ‘graças a Deus, a galera não vai mais jogar lixo’. Para a comunidade, está sendo bom, vai valorizar o nosso bairro. As nossas crianças vão ter um lugar para o lazer. Os nossos impostos não estão sendo em vão”, destacou.
A marisqueira Maria Claudinete Santos, 39, mora há oito anos na avenida 2 e disse estar satisfeita com as intervenções da Prefeitura no bairro. “Está sendo ótimo. Vou usufruir bastante. As minhas duas filhas vão ter um lugar para brincar e eu também pretendo vir passear por aqui, com fé em Deus”, planeja.
Opinião semelhante tem a diarista Maria Aparecida da Silva Santos, 35, moradora da rua Amazonas. “É importante esse tipo de obra, porque se cria uma área de lazer para as crianças virem brincar. Pelo menos, não vão ficar por aí à toa”, destaca.
Características
Os novos espaços terão áreas verdes, onde serão plantadas 334 árvores, pistas de caminhada, parques infantis e academias ao ar livre, além de bancos e mesas de concreto e iluminação em LED.
Em duas das praças, também haverá quadras de esporte polivalente. A previsão é de que duas praças sejam concluídas e entregues no final do mês de agosto, e outras duas no mês de setembro.
São dois os modelos que as quatro praças irão seguir. Duas delas, com 6,2 mil metros quadrados cada, contarão com pista de caminhada, área de passeio, área verde, quadra de esporte polivalente (com piso de alta resistência, alambrado, tela de proteção, arquibancadas, equipamentos para vôlei, basquete e futebol de salão, além de refletores), academia ao ar livre e parque infantil. Os projetos custarão entre R$870 mil e R$925 mil.
Já as duas praças menores, com custo em torno de R$500 mil, terão área total, cada uma, de 4 mil m². Nelas também serão construídas pista de caminhada, área de passeio, área verde, academia ao ar livre e parque infantil.
Todas as quatro praças terão acessibilidade. O conceito central dos projetos é a interação entre os moradores da comunidade, com foco na primeira infância e nos idosos.
Reformulação urbanística
A ideia do Programa de Requalificação Urbana, que conta com a participação das Secretarias municipais do Meio Ambiente e da Assistência Social, é realizar uma total reformulação urbanística nessas localidades, na busca por desenvolvimento econômico e social, a partir da construção de um Centro de Referência da Assistência Social (Cras), um Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), uma Casa Lar, 11 praças, sendo nove no 17 de Março e duas no Santa Maria, uma Unidade Básica de Saúde (UBS), uma maternidade e uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef).
Fonte: Agência Aracaju de Notícias