A manhã desta quinta-feira, 29, foi de aprendizado para catadores de materiais recicláveis dos bairros Santa Maria e 17 de Março, na zona Sul. Na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) localizada no 17 de Março, os moradores participaram de uma oficina que tratou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Essa é mais uma das ações acompanhadas e monitoradas pela Coordenação da Área Social (UCP) da Secretaria Municipal da Assistência Social que, por meio do Projeto de Trabalho Social (PTS), promove atividades socioeducativas com a comunidade dos bairros beneficiados com o “Programa de Requalificação Urbana da Região Oeste de Aracaju – Construindo para o Futuro”, a partida o qual o Município está executando obras de infraestrutura com recursos do financiamento de R$400 milhões viabilizado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
De acordo com a coordenadora do PTS, Renata Góis, além das oficinas, também são desenvolvidos cursos de capacitação profissional, workshops, palestras, eventos culturais e esportivos (suspensos por tempo indeterminado devido à pandemia do coronavírus), abordando eixos como meio ambiente, sustentabilidade, qualificação profissional, geração de renda, preservação e conservação do patrimônio público.
“Paralelo à construção das obras, o objetivo é promover a melhoria da qualidade de vida das famílias por meio dessas ações, fomentando a organização coletiva, liderança e o diálogo entre a sociedade e o poder público, despertando novos hábitos. O PTS foi apresentado à comunidade em 25 de setembro de 2020, devendo ser executado no prazo estabelecido de 30 meses. Cumprindo o cronograma, estamos no mês oito, e já foram desenvolvidas, até o momento, 22 atividades. A previsão é para que seja finalizado em fevereiro de 2023”, destacou.
Com duração de quatro horas, os alunos conheceram a história, conceitos práticos e a estrutura de gestão da PNRS, papel das cooperativas de reciclagem e a importância do trabalho cooperado para o catador. Na prática, foram utilizados recursos didáticos como cartolinas, pincéis atômicos, lápis de cor, fitas adesivas, revistas e jornais para a construção de um “Jornal Mural” como estratégia de mobilização e divulgação das ações realizadas pelos catadores de materiais recicláveis.
A oficina foi ministrada pelo facilitador e geógrafo José Waldson Costa, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, respeitando os protocolos sanitários contra a contaminação da covid-19. Segundo ele, o principal objetivo foi fazer com que os participantes tivessem conhecimento sobre seus direitos e deveres, as formas de mobilização e cooperação do trabalho autônomo e a segurança no processo de catação.
Reciclar-se
Sem um trabalho formal, o catador Eduardo Rafael Filho atualmente sobrevive recolhendo materiais recicláveis em diversos pontos no 17 de Março, bairro onde reside.“Participei da oficina para melhorar o meu trabalho porque é onde eu tiro o meu sustento. Quero crescer, tenho uma profissão como qualquer outra. Precisamos mostrar à sociedade que também somos trabalhadores”, afirmou.
Fonte: ASCOM/Pref. de Aracaju